A homossexualidade sempre esteve presente na história da humanidade, sendo que em um primeiro momento, percebe-se que as relações homossexuais não causavam nenhum tipo de estranheza e eram praticadas em várias civilizações, dentre as mais importantes: a Romana, Grega e Asiática. Porém com o surgimento de novos entendimentos religiosos e questões de interesse político, a homossexualidade passou a ser vista com outros olhos, sendo condenada por não ser uma prática não natural, em que se passou a perseguir e condenar os seus praticantes, sendo repudiada pela sociedade, que ainda hoje, vê a homossexualidade como um ato imoral e pecaminoso que não merece nenhum tipo de amparo, por considerar os homossexuais como pessoas doentes e que necessitam de tratamento.
Muita polêmica gira em torno do tema “homossexualidade”, do qual vem se questionando se é uma doença, em que a homossexualidade se dá por um desvio comportamental do indivíduo; ou por uma questão biogenética, em que o indivíduo, mulher ou homem, tornam-se homossexuais durante o desenvolvimento intra-uterino, em que a quantidade de hormônio masculino (testosterona) recebido pelo feto, pode determinar se o indivíduo em uma fase mais madura de sua vida terá uma inclinação para o sexo oposto ou semelhante ao seu. Ou ainda, que trata tão somente de uma escolha, ou seja, uma questão de orientação sexual, em que o indivíduo escolhe se relacionar com alguém do mesmo sexo ou não, podendo também, escolher se relacionar com ambos.
A verdade é que, a homossexualidade não é algo novo no comportamento humano, não se trata de uma forma “moderna” de viver. A homossexualidade é algo que já existe há muito tempo, ou seja, mesmo antes de Cristo, já se verificava a existência de relações homossexuais.
E não é somente entre o ser humano é que se verifica tal tipo de comportamento, o mesmo pode ser verificado em diversas espécies de animais, sendo o assunto tratado por muitos autores; como exemplo o biólogo Bruce Bagemihl (1999) apud Brito (2000, p. 48) “(...) publicou este ano seu livro “Biological Exuberance – Animal Homosexuality and Natural Diversity” (Exuberância Biológica –3 Homossexualidade Animal e diversidade Natural), onde apresentou provas mais do que convincentes e irrefutáveis de que existe homossexualidade e vasta diversidade de comportamento sexual entre os bichos.”, podendo assim verificar que o relacionamento entre semelhantes é completamente natural.
A verdade é que, seja ele um ato instintivo ou não, a existência da homossexualidade remonta desde os primórdios da humanidade. Em um estudo detalhado de antropólogos a cerca da homossexualidade, revelou a prática de rituais homossexuais a mais ou menos 10.000 atrás. Segundo estes estudos relatados na obra de Spencer (1999), que o homossexualismo ritual era exercitado com fim de iniciação, ou seja, os jovens destas tribos, com idade de 12 e 13 anos, eram penetrados por seus tios maternos, sendo que o esperma de seu tio seria essencial para se tornarem fortes, e assim passar da infância para a fase adulta.
É possível verificar que a homossexualidade sempre foi algo natural em quase todo o mundo; porém com o surgimento do cristianismo estes valores foram alterados, sendo que se passou a reprovar a homossexualidade, punindo os seus praticantes de formas cruéis, sendo que até os dias de hoje em alguns países a punição para o homossexual é a morte.
A sua importância, porém não se prende somente em demonstrar que a homossexualidade faz parte da história da humanidade, mas que com isto mostrar que a homossexualidade não deve ser marginalizada, e assim conceder garantias a esta “minoria”, algo de grande importância na sociedade.
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